João Manuel, o homem que fez chover.
Ele sonhou, acordou e decidiu-se.
Lançado por si mesmo para o aquele empreendimento, dispôs-se a tudo.
Com a luz do sol ou da vela trabalhava montando as peças que tinha percorrido longos caminhos para encontrar. Montava aquela enorme e confusa máquina... - sem um esboço de papel.
Tinha-a completado!
Colocou-a em cima de uma carroça que dois fortes cavalos puxaram até ao cimo do monte.
No cume verificou que o sol já estava a desaparecer e que era imperioso esperar pela manhã... - o sol era fulcral.
Já noite e sem porquê trouxe cavalos e carroça para o vale de sua casa, depois despiu-se, e nu... subiu o monte até junto da sua máquina.
Esperava pelo sol, com um sorriso nos lábios, quando lhe veio à ideia que a máquina não tinha qualquer interruptor... não tinha feito nenhum mecanismo que pudesse controlar a máquina e nem sequer se tinha lembrado de como poderia ligá-la... desesperou!
Lembrou-se de que no seu sonho também não havia qualquer botão... sorriu!
Com o sol veio a chuva e o João Manuel morreu feliz... agarrado à máquina.
Nunca ninguém mais viu o João Manuel ou a máquina.
Ele levou-a consigo.