
Não quero, com este post, senão partilhar aos ventos o sentimento de sentido que há em mim...
Alguns filmes são verdadeiramente edificantes, constroem-nos o interior, moldando-nos a alma, ou... talvez vejamos neles espelhados o mais íntimo das nossa alma...
Aconteceu-me isso com vários filmes, especialmente com algumas cenas em particular... muito especificamente com a história de amor de um: Highlander – Duelo Imortal.
Curioso o nome, pois parece-me que sou dos poucos que não o vê a partir da mesma lógica, afinal dele me ficou/marcou/mostrou algo de muito meu...
A história é bem fácil de se resumir. Um homem imortal apaixona-se por uma mortal, e apesar do conselho de outro mais experiente, que o desaconselha vivamente (You must leave her, brother!), não vacila e leva o seu amor até ao fim... no caso, vê-a envelhecer para depois sofrer anos infindáveis de saudade. O ambiente das altas montanhas da Escócia, a vida rural de ambos, o afastamento das aldeias de gente e da horrível Kate... compõem um conjunto onde tudo faz sentido, onde cada pequeno pormenor é uma peça fundamental que confere brilho ao todo, realidade ao sonho...
O filme remonta a 1986 e lembro-me de sair do cinema com uma leitura da obra oposta à dos que me acompanhavam... eles com os duelos, eu com o dueto... eles com a acção, eu com a paixão (curiosa palavra que se presta a pólos tão opostos – serão? – como o amor e a dor...)
Talvez por ser adolescente, teria 15-16 anos, talvez por algo que me escapa, ou por alguma razão superior às complexas contingências deste mundo... aquele amor ficou-se-me como paradigma...
E o mundo dá muitas voltas, e o sentido da vida revela-se vezes e vezes sem conta através de pormenores em que nos faz tropeçar... chego a perguntar-me se será mesmo necessária tão pouca subtileza... tanta insistência.
É desconcertante ler a parte já vivida da minha vida, e ver nela que as alegrias e tristezas se podem melhor compreender se confrontadas com uma determinada matriz como que pré-existente... aos desassossegos de seguir caminhos não indicados pela tal referência; a felicidade de tomar por meus destinos os inscritos na tal revelada fonte...
A vida será certamente julgada. Pesarão seguramente as opções tomadas em momentos de ruptura. Haverá evidentemente prémios para quem ousou seguir pelo caminho certo, sem perder tempo em cuidar das feridas infligidas pelo percurso...
Não sei se faço parte desses, conheço apenas e tão-só as dores que sinto ao caminhar. Por vezes, paro, penso e peso tudo... sem sucesso. Mas sigo. Apesar de tudo, creio que os sentidos da vida são de ordem ininteligível... Nessa necessidade de tantas e tantas vezes serem dados saltos de fé, (ver por exemplo: AQUI) há que ser capaz de lutar contra o que em nós visa racionalizar e perspectivar tudo sob um visão mais humana, racional mas que, por redutora e simplista, nunca nada vê onde existe o que de mais importante há na vida.
Não sei de mim, não sei se estarei a caminho, ou sequer se a minha forma de caminhar é a adequada. Sei que confio. Conheço a minha fé. Esforço-me por orientar por ela a minha vida. Falhei já... muitas, tantas... vezes quiçá demais... mas o meu coração ainda sabe onde é a sua casa, e com ternura e de olhos humedecidos, teimo em aceitar os seus desígnios, remetendo para o plano do dispensável as dúvidas que me assaltam oriundas daqueloutra parte do meu ser.
Uma história, simples linhas de ficção bem representadas por um par de actores, a história de Heather MacLeod é única. Acima de qualquer dúvida está a letra da música que lhe serve de suporte. Vale a pena lê-la, interiorizá-la...
Good night, my bonnie Heather…
we'll awake together!!!
Alguns filmes são verdadeiramente edificantes, constroem-nos o interior, moldando-nos a alma, ou... talvez vejamos neles espelhados o mais íntimo das nossa alma...
Aconteceu-me isso com vários filmes, especialmente com algumas cenas em particular... muito especificamente com a história de amor de um: Highlander – Duelo Imortal.
Curioso o nome, pois parece-me que sou dos poucos que não o vê a partir da mesma lógica, afinal dele me ficou/marcou/mostrou algo de muito meu...
A história é bem fácil de se resumir. Um homem imortal apaixona-se por uma mortal, e apesar do conselho de outro mais experiente, que o desaconselha vivamente (You must leave her, brother!), não vacila e leva o seu amor até ao fim... no caso, vê-a envelhecer para depois sofrer anos infindáveis de saudade. O ambiente das altas montanhas da Escócia, a vida rural de ambos, o afastamento das aldeias de gente e da horrível Kate... compõem um conjunto onde tudo faz sentido, onde cada pequeno pormenor é uma peça fundamental que confere brilho ao todo, realidade ao sonho...
O filme remonta a 1986 e lembro-me de sair do cinema com uma leitura da obra oposta à dos que me acompanhavam... eles com os duelos, eu com o dueto... eles com a acção, eu com a paixão (curiosa palavra que se presta a pólos tão opostos – serão? – como o amor e a dor...)
Talvez por ser adolescente, teria 15-16 anos, talvez por algo que me escapa, ou por alguma razão superior às complexas contingências deste mundo... aquele amor ficou-se-me como paradigma...
E o mundo dá muitas voltas, e o sentido da vida revela-se vezes e vezes sem conta através de pormenores em que nos faz tropeçar... chego a perguntar-me se será mesmo necessária tão pouca subtileza... tanta insistência.
É desconcertante ler a parte já vivida da minha vida, e ver nela que as alegrias e tristezas se podem melhor compreender se confrontadas com uma determinada matriz como que pré-existente... aos desassossegos de seguir caminhos não indicados pela tal referência; a felicidade de tomar por meus destinos os inscritos na tal revelada fonte...
A vida será certamente julgada. Pesarão seguramente as opções tomadas em momentos de ruptura. Haverá evidentemente prémios para quem ousou seguir pelo caminho certo, sem perder tempo em cuidar das feridas infligidas pelo percurso...
Não sei se faço parte desses, conheço apenas e tão-só as dores que sinto ao caminhar. Por vezes, paro, penso e peso tudo... sem sucesso. Mas sigo. Apesar de tudo, creio que os sentidos da vida são de ordem ininteligível... Nessa necessidade de tantas e tantas vezes serem dados saltos de fé, (ver por exemplo: AQUI) há que ser capaz de lutar contra o que em nós visa racionalizar e perspectivar tudo sob um visão mais humana, racional mas que, por redutora e simplista, nunca nada vê onde existe o que de mais importante há na vida.
Não sei de mim, não sei se estarei a caminho, ou sequer se a minha forma de caminhar é a adequada. Sei que confio. Conheço a minha fé. Esforço-me por orientar por ela a minha vida. Falhei já... muitas, tantas... vezes quiçá demais... mas o meu coração ainda sabe onde é a sua casa, e com ternura e de olhos humedecidos, teimo em aceitar os seus desígnios, remetendo para o plano do dispensável as dúvidas que me assaltam oriundas daqueloutra parte do meu ser.
Uma história, simples linhas de ficção bem representadas por um par de actores, a história de Heather MacLeod é única. Acima de qualquer dúvida está a letra da música que lhe serve de suporte. Vale a pena lê-la, interiorizá-la...
There's no time for us
There's no place for us
What is this thing that builds our dreams
Yet slips away from us
Who wants to live forever?
Who wants to live forever.....?
There's no chance for us
It's all decided for us
This world has only one sweet moment
Set aside for us
Who wants to live forever?
Who wants to live forever.....?
Who dares to love forever
When love must die?
But touch my tears with your lips
Touch my world with your fingertips
And we can have forever
And we can love forever
Forever is our today
Who wants to live forever?
Who wants to live forever?
Forever is our today
Who waits forever anyway?
Good night, my bonnie Heather…
we'll awake together!!!