Friday, September 04, 2009

Presentida Tempestade


Poucas vezes na minha vida senti, como agora, com um tão elevado grau de certeza, que se adivinham tempos de mudança.

Sinto a vertigem da necessidade de deixar o presente e me largar num futuro incerto. Desagrada-me desconhecer se o para onde estou lançado é tempo de paz ou de tormenta.

Por um traço do que sou, num pessimismo prudente, julgo o que vem como sendo momento de crise... e preparo-me, demoradamente, para uma tragédia que parece consentir pressagiar-se.

Devo o que sou mais às desventuras que aos dias de Sol que vivi. Mas, estou longe de me sentir confortável com esta desditosa intuição de um difícil amanhã que sempre ganha ainda mais força por cada crepúsculo de dia que passa.

Nestas províncias do aquém-dor há já notícia de pequenas batalhas de uma guerra que, se, de facto, ainda não começou, já deixa as suas marcas...


(Obrigado ao Paulo por me puxar para a escrita... Cf. comentário ao post anterior)