Sunday, November 15, 2009

Tenho andado nos últimos tempos mais longe deste meu blog.

Tenho consciência de que não publicar assiduamente (qualquer que seja a periodicidade) é meio caminho para deixar de ter leitores...

Desculpar-me-ão os que nunca se esquecem de ir passando...

Ora aqui vai:

Há pouco mais de um mês conheci e estabeleci amizade com um grande amigo daquele que foi o meu melhor amigo e que morreu há já vários anos...

Há menos de 3 semanas dei-me conta de uma 4 ou 5 factos que vieram esclarecer cabalmente dois ou três problemas que tinha por resolver há alguns anos!

Também recentemente, e por sugestão de um bom amigo, descobri que uma prancha de surf e eu nos poderíamos dar melhor do que alguma vez julguei ser possível; que o mar não estival é ainda mais acolhedor; que despertar com o corpo dorido durante dias seguidos pode ser uma sensação fantástica...

Num dia da semana passada, ao final da tarde e do dia de trabalho... naquilo que começou por ser uma simples conversa informal entre colegas acabei por me dar conta que estava a chorar de tanto rir, o que, felizmente durou bem mais do que 3 ou 4 minutos...

Penso que estou a começar a aprender a viver de uma forma diferente.

Friday, September 04, 2009

Presentida Tempestade


Poucas vezes na minha vida senti, como agora, com um tão elevado grau de certeza, que se adivinham tempos de mudança.

Sinto a vertigem da necessidade de deixar o presente e me largar num futuro incerto. Desagrada-me desconhecer se o para onde estou lançado é tempo de paz ou de tormenta.

Por um traço do que sou, num pessimismo prudente, julgo o que vem como sendo momento de crise... e preparo-me, demoradamente, para uma tragédia que parece consentir pressagiar-se.

Devo o que sou mais às desventuras que aos dias de Sol que vivi. Mas, estou longe de me sentir confortável com esta desditosa intuição de um difícil amanhã que sempre ganha ainda mais força por cada crepúsculo de dia que passa.

Nestas províncias do aquém-dor há já notícia de pequenas batalhas de uma guerra que, se, de facto, ainda não começou, já deixa as suas marcas...


(Obrigado ao Paulo por me puxar para a escrita... Cf. comentário ao post anterior)

Sunday, April 26, 2009

Nun'Álvares Pereira

Eis o famoso Nuno, o Condestável, fundador da Casa de Bragança, excelente general, santo monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge.

“Não tenhais medo por serem muitos, nem pelas ameaças que fazem com os seus gestos e alaridos, pois tudo não passa de um pouco de vento, que dentro em breves momentos terminará. Deveis ser fortes e esforçados, recebendo a grande ajuda de Deus, por cujo serviço ali estavam, defendendo a justa causa do Reino de Portugal”

- in Crónicas de Fernão Lopes




Que auréola te cerca?
É a espada que, volteando,
faz que o ar alto perca
seu azul negro e brando.

Mas que espada é que, erguida,
faz esse halo no céu?
É Excalibur, a ungida,
que o Rei Artur te deu.

'Sperança consumada,
S. Portugal em ser,
ergue a luz da tua espada
para a estrada se ver!

Fernando Pessoa - Mensagem

Tuesday, January 06, 2009

A Foto Fantástica


Recebi, do meu amigo Jacintho, esta foto inserida numa apresentação de várias fotografias com pequenas/grandes curiosidades...

Gosto de fotografia... aliás, por dom certamente divino sou amigo de um dos melhores fotógrafos de Portugal, o Benjamim...

A foto aqui publicada é diferente, aliás leva o termo diferença a um expoente que nunca antes havia alcançado... esta foto é, num superlativo hebraico aplicado com rigor: a mãe de todas as fotos (de família...).

Reenviei a apresentação aos meus amigos, e a todos pedi que me ajudassem a compreender todo o potencial interpretativo desta tão singular imagem...

O meu bom amigo FCS, solicito e de rara inteligência logo me ofereceu o seguinte comentário:
"É tão óbvio que nem parece teu.
A família Adams num estágio de coveiros na Moldávia num momento de descontracção do trabalho de enterrar os defuntos do dia anterior."

Mas nem toda a generosidade do mundo seria capaz de me oferecer numa frase só tudo o que nesta imagem há de... belo, pois que seja... belo, pois que atrai o olhar... belo, porque desperta o prazer a quem a olha... belo, porque absolutamente fantástica...

Queria partilhar com todas esta imensa emoção de descobrir mais um pormenor a cada vez que a revejo... mas são tantos... prefiro lançar o desafio a cada um dos que passam por aqui... que a contemplem (clicando nela podem vê-la ainda maior!!!!) e que deixem aqui a todos os demais o seu comentário...

Quem já conhecia esta foto?

Quem a admira?

O que nela se pode ver de especial?