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não me canso de contar esta história:
tinha cerca de 18 anos, lembro-me muito bem de ter trabalhado na Ilha da Berlenga e ter conhecido o faroleiro, era um homem afável, embora de mui poucas palavras, do qual fico com uma ideia de ser alguém que tinha tempo para tudo... e um interior do tamanho do mar...
recordo-me de num dia enquanto com ele dava uma volta de barco, em busca da pesca/apanha ilegal de percebes, eu ter reparado no seu casaco/impermeável e lhe ter dito que o achava "muito louco".
Era de um roxo que a sucessiva exposição à água salgada tinha criado um padrão fora do comum...
o meu amigo com toda a calma que o caracterizava despiu-o e entregou-mo dizendo um seco, sibilino e essencial:
- É TEU !
hoje sei que aquele gesto veio condicionar toda a minha vida...
ainda o tenho ali!
1 comment:
Não me canso de ouvi-la, ou, neste caso, lê-la!
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