A agonia do ser humano perante a sólida e seráfica passagem do tempo, esta incapacidade para o parar, acelerar, dilatar, comprimir, etc. é luta de Quixote contra gigantes.
Vezes há, que me aborrece profundamente ter que viver no tempo, neste tempo que anda sempre de forma igual... que tudo muda menos a foram que tem de tudo transformar.
Por vezes consigo escapar e ficar a vê-lo, a perspectiva não é bela pois convence-nos de que tudo tem, ou um fim para o qual inexoravelmente se dirige, ou um princípio do qual não consegue desvincular-se. Por isso, faz todo sentido perguntar por esse princípio – porQUÊ? – e pelo objectivo que tende a concretizar – para QUÊ?
Aqui começa-se a entrever a presença de algo que, esse sim, está para além do ontem, do hoje e do amanhã... repare-se na maravilha que é a questão:
“Quando” foi criado o tempo?
E todas as formas que temos de medir o tempo são enganosas... a ilusão de circularidade: as estações, os meses, os dias da semana, as horas, tudo se repete e, parece voltar ao mesmo depois de cumprido um percurso.
Mas não, caminhamos para a morte num passo tão certo... jamais viveremos o mesmo momento, hora, dia, semana, mês, ou ano. Estamos condenados a viver no tempo e toda a nossa liberdade o é adentro destes cerrados limites. Podemos olhar para trás e recordar, podemos olhar para a frente e sonhar, mas não podemos de deixar o aqui e agora.
Bem, se isto é assim, também de nada vale qualquer revolta, embora deva sempre repousar em nós aquela noção de pertença a uma eternidade onde todos os tempos são um, onde todos podemos brincar ao tempo – qual criança que põe e dispõe de um qualquer brinquedo.
Não sou daqui, vivo cá e gosto de aqui estar, mas lá – de onde sou – o mundo não se deixa reger pela ditadura da temporalidade.
Quem poderá ter dúvidas da existência de Deus? Ele que nos criou e nos dá esta vida para que saibamos quanto há num dia... poderá alguém compreender a dimensão e o valor da eternidade se não houver compreendido a temporalidade?
Aqui no mundo tudo tem princípio, meio e fim. Trata-se pois de viver e aproveitar o tempo como for possível, quais terroristas da eternidade que, em terra alheia, sempre entrevêem caminho para a sua verdadeira pátria.
Somos de Deus, não nos deixemos render!
Caminhamos para a Morte e para Ele.
Vivamos pois de acordo com a inteligência de que somos capazes.
Vezes há, que me aborrece profundamente ter que viver no tempo, neste tempo que anda sempre de forma igual... que tudo muda menos a foram que tem de tudo transformar.
Por vezes consigo escapar e ficar a vê-lo, a perspectiva não é bela pois convence-nos de que tudo tem, ou um fim para o qual inexoravelmente se dirige, ou um princípio do qual não consegue desvincular-se. Por isso, faz todo sentido perguntar por esse princípio – porQUÊ? – e pelo objectivo que tende a concretizar – para QUÊ?
Aqui começa-se a entrever a presença de algo que, esse sim, está para além do ontem, do hoje e do amanhã... repare-se na maravilha que é a questão:
“Quando” foi criado o tempo?
E todas as formas que temos de medir o tempo são enganosas... a ilusão de circularidade: as estações, os meses, os dias da semana, as horas, tudo se repete e, parece voltar ao mesmo depois de cumprido um percurso.
Mas não, caminhamos para a morte num passo tão certo... jamais viveremos o mesmo momento, hora, dia, semana, mês, ou ano. Estamos condenados a viver no tempo e toda a nossa liberdade o é adentro destes cerrados limites. Podemos olhar para trás e recordar, podemos olhar para a frente e sonhar, mas não podemos de deixar o aqui e agora.
Bem, se isto é assim, também de nada vale qualquer revolta, embora deva sempre repousar em nós aquela noção de pertença a uma eternidade onde todos os tempos são um, onde todos podemos brincar ao tempo – qual criança que põe e dispõe de um qualquer brinquedo.
Não sou daqui, vivo cá e gosto de aqui estar, mas lá – de onde sou – o mundo não se deixa reger pela ditadura da temporalidade.
Quem poderá ter dúvidas da existência de Deus? Ele que nos criou e nos dá esta vida para que saibamos quanto há num dia... poderá alguém compreender a dimensão e o valor da eternidade se não houver compreendido a temporalidade?
Aqui no mundo tudo tem princípio, meio e fim. Trata-se pois de viver e aproveitar o tempo como for possível, quais terroristas da eternidade que, em terra alheia, sempre entrevêem caminho para a sua verdadeira pátria.
Somos de Deus, não nos deixemos render!
Caminhamos para a Morte e para Ele.
Vivamos pois de acordo com a inteligência de que somos capazes.
1 comment:
Olá.Gostei do seu blog e agradeço-lhe por partilhar os seus pensamentos.
Também dedico muito tempo a pensar no Tempo. Foi essa a questão que realmente me fez escolher física como área de estudo.
Pensei que talvez fosse do seu interesse ler alguns artigos sobre ideias, relativamente recentes e com crescente aceitação nas áreas de trabalho, a propósito da natureza do tempo. Em especial as ideias de um físico chamado Julian Barbour, neste artigo. Ele propoe a não existência de tempo.
Caso esteja interessado, cheguei a criar um blog cujo proposito inicial era a discussão deste assunto, num panorama mais fisico, com amigos meus. Apesar do blog não ter tido muito sucesso e de terem sido poucas as discussãos, cheguei a referir vários documentos sobre termodinamica e o fluido temporal.
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