A história parece ter começado quando o príncipe Shah Jahan se apaixonou por uma donzela com a qual se cruzou num bazar - algo estranho pois tinha direito a cerca de mil mulheres! - chegando ao ponto de lhe oferecer de imediato um enorme diamante.
A Princesa Aryumand Banu Begam recebia do seu amado esposo o nome de Mumtaz Mahal (Jóia do Palácio), e deu à luz, ao seu esposo e a todo o reino, 14 crianças. Mas o parto do 14º foi-lhe fatal.
Corria já o século XVII, e o Imperador Shah Jahan tomou então a decisão de erguer um monumento ao (seu) Amor. Demorou mais de vinte anos a executar o planeado, contou com 22.000 artistas escolhidos entre os melhores artistas do seu reino e dos reinos adjacentes, só utilizou matérias-primas nobres, não se tendo coibido de usar, por exemplo, esmeraldas no topo das cúpulas – onde não se conseguem contemplar a olho nu. Permitam-me um pormenor: a brancura do mármore ainda hoje dá uma sensação de fluorescência se visto ao amanhecer ou ao crepúsculo, mas é ao luar que se compreende que o amor é luz nas trevas.
Continuando a nossa história: Um dos seus filhos querendo tomar de seu pai o trono encarcerou-o sob a acusação de insanidade – tendo o monumento como prova! Shah Jahan passou assim os últimos anos da sua vida a contemplar um espelho por onde lhe era permitido ver a obra que tinha erigido em honra dessa outra obra quase divina de que lhe foi permitido fazer parte: um grande amor.
Morreu com o espelho na mão e com ele assim foi enterrado bem perto da sua amada.
O lago é aparente e resulta da presença de um rio, os ciprestes que o ladeiam são velas que velam... e humanos que caminham para o templo...
1 comment:
É nestas 'histórias' que encontro alguma incompreensível (ou talvez nem tanto) razão para continuar a acreditar no [A]mor...
P.S. (despropositado), vai ver Depeche Mode em Fev. ?
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