Senhor das Tempestades é, para mim, o nome pelo qual mais se vislumbra a essência de Deus. O seu poder é algo de incomensurável através de medidas humanas, está claramente fora – além.
Desde pequeno, e nunca serei grande, admiro uma trovoada como algo sagrado.
Ali se espelha uma tal força concentrada que, simplesmente, não se esgota…
De repente, o céu cobre-se de um manto opaco e começa uma amplitude de cores que nos leva a compreender que tudo o que nos rodeia é claramente tudo menos cinzento, são cores e formas que não estamos habituados a ver – vivemos dias e dias sem olhar para nada com os sábios olhos de uma criança... e o trovão lança luz sobre um mundo que não sendo novo o é para nós naquele momento.
E chove continuamente, a água que cai – e bela, brilha enquanto cai… mas só para quem está atento!! E, acreditem, há quem viva uma vida inteira sem conhecer o prazer de andar à chuva, recolher na sua face aquilo que compõe as nuvens… ah e depois ainda fica em espelho no chão para reflectir cintilantemente os mais pequenos pormenores de mundo.
Claro que é bom pensar na bonança sequente a uma tempestade – quase tão bom como ansiar pela tempestade em tempo de acalmia.
Cai um raio, depois ouve-se a cair, como se a simultaneidade dos dois elementos fosse demasiado para um momento só.
Destruição, sim. Mas não se deve nunca esquecer que é a mesma força que tudo construiu, e não nos alegramos com a beleza do existente, e se nunca ousámos dar-lhe valor, por que Raio, havemos nós de condenar o que a destrói… e terá alguma vez a destruição sido completa? Não.
Sempre de novo tudo se renova incessantemente.
A tempestade é apenas um sinal e um passo decisivo para que a mudança se consubstancie.
Não há mudança – tão-pouco melhoria sem que haja momentos de ruptura.
Gosto de crises, é quando mais cresço.
Desde pequeno, e nunca serei grande, admiro uma trovoada como algo sagrado.
Ali se espelha uma tal força concentrada que, simplesmente, não se esgota…
De repente, o céu cobre-se de um manto opaco e começa uma amplitude de cores que nos leva a compreender que tudo o que nos rodeia é claramente tudo menos cinzento, são cores e formas que não estamos habituados a ver – vivemos dias e dias sem olhar para nada com os sábios olhos de uma criança... e o trovão lança luz sobre um mundo que não sendo novo o é para nós naquele momento.
E chove continuamente, a água que cai – e bela, brilha enquanto cai… mas só para quem está atento!! E, acreditem, há quem viva uma vida inteira sem conhecer o prazer de andar à chuva, recolher na sua face aquilo que compõe as nuvens… ah e depois ainda fica em espelho no chão para reflectir cintilantemente os mais pequenos pormenores de mundo.
Claro que é bom pensar na bonança sequente a uma tempestade – quase tão bom como ansiar pela tempestade em tempo de acalmia.
Cai um raio, depois ouve-se a cair, como se a simultaneidade dos dois elementos fosse demasiado para um momento só.
Destruição, sim. Mas não se deve nunca esquecer que é a mesma força que tudo construiu, e não nos alegramos com a beleza do existente, e se nunca ousámos dar-lhe valor, por que Raio, havemos nós de condenar o que a destrói… e terá alguma vez a destruição sido completa? Não.
Sempre de novo tudo se renova incessantemente.
A tempestade é apenas um sinal e um passo decisivo para que a mudança se consubstancie.
Não há mudança – tão-pouco melhoria sem que haja momentos de ruptura.
Gosto de crises, é quando mais cresço.
2 comments:
Conheço as tempestades a chuva escorrendo no corpo e na alma. Talvez melhor a metáfora que a imagem real. Não gosto de crises. Mas elas acontecem. E, contudo, gosto de mudar. O que é um bocado paradoxal...
Não sei porquê, acho que é capaz de gostar do meu último post ;º)
Adoro trovoadas, parecem imans que me colam á janela.
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